PREVISÕES E ORIENTAÇÕES PARA O PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2023
Por Dr. Guilherme Victor Vanzetto.
De acordo com o Boletim n° 63 da COPAAERGS, o trimestre de janeiro, fevereiro e março de 2023 terá precipitação pluvial média na maioria das regiões do estado. Especialmente em janeiro, a maioria das áreas tende a ter precipitação pluvial próxima da média na maioria das regiões. A precipitação de fevereiro tende a variar de normal a ligeiramente abaixo da média em todo o estado. A previsão de março aponta para chuvas irregulares, com áreas ligeiramente acima do normal (norte e extremo sudeste) e áreas ligeiramente abaixo do normal (oeste-sudoeste).
A temperatura deve permanecer próxima da média ou ligeiramente acima da média apresentando grande amplitude térmica. As temperaturas em todo o estado em janeiro tendem a ficar um pouco acima da média. Em fevereiro, anormalidades negativas de temperatura podem ocorrer na parte sul do estado. Isso está próximo da média em outras regiões e ligeiramente acima da média no norte. Março deve apresentar temperaturas acima da média na maioria do estado, com exceção da parte sul-sudoeste do estado, que deve apresentar temperaturas próximas do normal.
Ressalta-se que mesmo em condições normais de chuva, a precipitação esperada para o trimestre não é suficiente para suprir a demanda hídrica das principais culturas de primavera-verão, em função da evapotranspiração deste período.
Orientações:
SOJA
– Utilizar preferencialmente variedades de ciclo longo e respeitar o zoneamento agrícola de risco climático;
– Priorizar a irrigação para os períodos de floração e enchimento de grãos;
– Prestar atenção ao controle de doenças, especialmente a ferrugem asiática.
FORRAGEIRAS
– A previsão climática indica a necessidade de aumentar o estoque de forragens na propriedade;
– Manejar as pastagens e preservar a cobertura do solo respeitando a lotação animal recomendada;
– Suplementar os rebanhos mais exigentes em períodos de estiagem, bem como irrigar as pastagens quando possível;
– O ambiente vai ser suscetível a estresse térmico, recomenda-se estratégias de manejo e acondicionamento térmico.
MILHO
– Utilizar cultivares de ciclos diferentes na implantação da segunda safra;
– Reduzir a densidade de plantas para evitar a competição por água no solo;
– Priorizar a irrigação para os períodos de floração e enchimento de grãos;
– Atentar para o monitoramento da cigarrinha do milho.
As previsões apresentadas para o trimestre foram interpretadas do Modelo do Instituto Nacional de Meteorologia – INMET.
Fonte: CONSELHO PERMANENTE DE AGROMETEOROLOGIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – COPAAERGS. Boletim de Informações nº 63, dez. 2022.