PRODUTORES INICIAM 2023 EM ALERTA
Por Dr. Guilherme Victor Vanzetto,
O mercado começa o ano com as atenções voltadas para a situação das lavouras dos estados brasileiros. A sequencia de três safras consecutivas do fenômeno La Ninã deixa o clima seco em importantes regiões produtoras.
Na safra 2022/23, os produtores brasileiros semearam uma área recorde, trazendo a possibilidade de uma nova superprodução. Em geral, os trabalhos iniciaram em ritmo forte, dentro da janela nos principais estados, com excessão aos estados do Sul que apresentaram atrasos devivo ao excesso de chuvas.
O que chama a atenção do mercado é a baixa umidade que está colocando em xeque as produções dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. O mês de janeiro apresentou chuvas esparças e abaixo da média, trazendo perdas produtivas importantes.
Em contrapartida, os demais estados brasileiros estão começando 2023 com um grande potencial produtivo em suas lavouras. Algumas regiões têm registrado excesso de umidade, o que se continuar pode impedir um bom avanço dos trabalhos de colheita e afetar a qualidade dos grãos.
Preços
Com relação aos preços do mercado brasileiro recomenda-se olhar para dois momentos;
O primeiro semestre, onde os preços dependerão principalmente do tamanho da safra brasileira. A qual pode apresentar possíveis perdas na região Sul, mas tem tudo para ser grande e recorde, o que deverá pesar sobre os preços no primeiro semestre.
O segundo semestre, onde os preços dependerão principalmente do tamanho da nova safra norte-americana. Uma safra cheia pesará, enquanto uma safra com problemas trará fôlego para os contatos futuros.
Um fator importante é cuidar o dólar, o novo governo brasileiro tende a trazer muita volatilidade para o câmbio devido às incertezas relacionadas aos rumos da política econômica. De uma forma geral, apostamos em um dólar firme ao longo do ano, tanto por fatores internos quanto externos.
Fonte: Adaptado de Dylan Della Pasqua – Agência Safras, 2023.